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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Capacidade de Criança


Você tem filhos? Sobrinhos pequenos? Talvez trabalhe com crianças? Na verdade isso não importa tanto, todos nós já fomos crianças e é sobre uma capacidade incrível que as crianças possuem que quero conversar com você: a capacidade de se surpreender.

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Como ver a chuva pela primeira vez

Para começar, preciso que você veja esse vídeo, porque é simplesmente maravilhoso ver a reação de uma menina ao ver a chuva pela primeira vez!


Essa menina é uma gracinha, não é?! Aposto que deu vontade daquele banho de chuva... espontâneo, verdadeiro, com amigos... Aquela alegria!!!

Como aquele momento “Uau!”

Um outro exemplo disso é a música do Giuseppe Povia que se chama “Quando as crianças fazem Uau!”. Se você nunca ouviu, coloca aí: https://www.youtube.com/watch?v=96uomtIGGiQ

Povia canta:
Quando as crianças fazem uau!
Que maravilha, que maravilha!
Mas que bobo veja só, olha só!
Eu me envergonho um pouco
Já não sei mais fazer "uau!"
Não brinco mais numa gangorra
Não tenho a chave que abre a porta
Dos nossos sonhos

Eu amo essa música porque ela, assim como o vídeo da menina na chuva pela primeira vez, me remetem a capacidade maravilhosa de nos surpreendermos! De nos permitirmos brincar numa gangorra e, claro, manter conosco a chave dos nossos sonhos!
          
Como estar na ponta dos finos pêlos do coelho

No livro “O Mundo de Sofia” de Jostein Gaarder, conta-se a história de um coelho branco que é tirado de uma cartola. Mas, no livro, se trata de um coelho muito grande e por isso, o truque demora bilhões de anos para acontecer. Bem, e aí? Acontece que a ideia é de que as crianças – todas elas – nascem na “ponta dos finos pêlos do coelho” e,  justamente por isso, conseguem se encantar com a impossibilidade de tudo isso que está a acontecer. E quando crescemos? Bem, aí nos arrastamos para o interior da pelagem do coelho e, no conforto, não ousamos mais subir para as pontas e nos lançar nessa jornada aos limites da existência: “Senhoras e senhores — gritam eles —, estamos flutuando no espaço! Mas nenhuma das pessoas lá de baixo se interessa pela gritaria dos filósofos”.

           Onde eu quero chegar? Ora, eu é que pergunto à você. Onde você quer chegar que não está agora mesmo vivendo e se surpreendendo com o infinito número de possibilidades, de experiências novas e de novos significados, assim como as crianças?!
         
 Surpreenda-se!



Daiana Rauber

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Do que gostam as pessoas grandiosas?



Certo dia li  em um grandioso livro:
"As pessoas grandes adoram os números."


Você conhece alguma pessoa que considera ser grande? E do que ela gosta? Foi o Pequeno Príncipe (pequeno?) quem disse isso. E completou:


"Quando a gente lhes fala de um novo amigo, elas jamais se informam do essencial. Não perguntam nunca: Qual é o som da sua voz? Quais os brinquedos que prefere? Será que ele coleciona borboletas? Mas perguntam: Qual a sua idade? Quantos irmãos ele tem? Quanto pesa? Quanto ganha seu pai? Somente então é que elas julgam conhecê-lo."


Não foram poucas as vezes que já fizemos isso, não é mesmo?! É verdade que as pessoas grandes adoram números, mas não apenas isso, pessoas grandes se deleitam quando lhes apresentamos indicadores, gráficos, quantitativos… É assim com você também?


"Se dissermos às pessoas grandes: Vi uma bela casa de tijolos cor-de-rosa, gerânios na janela, pombas no telhado... elas não conseguem, de modo nenhum, fazer uma ideia da casa. É preciso dizer-lhes: Vi uma casa de seiscentos contos. Então elas exclamam: "Que beleza!""


Mas, agora aqui comigo, me diga uma coisa: faz sentido nossa busca implacável por esses números? Nossa ‘neura’ pela idade, pelo peso, pelo saldo bancário ou pelos metros de uma casa? Convido você a rever quais informações são realmente importantes para conhecer uma pessoa, ou uma casa, e saber se são grandiosas. Mas não quero parar por aí. O que você tem conceituado internamente como símbolo de ser uma pessoa grandiosa?


"Assim, se a gente lhes disser: "A prova de que o príncipezinho existia é que ele era encantador, que ele ria, e que ele queria um carneiro. Quando alguém quer um carneiro, é porque existem" elas darão de ombros e nos chamarão de criança! Mas se dissermos: "O planeta de onde ele vinha é o asteróide B 612" ficarão inteiramente convencidas, e não amolarão com perguntas. Elas são assim mesmo. É preciso não lhes querer mal por isso. As crianças devem ser muito indulgentes com as pessoas grandes."


É, parece que nosso Pequeno Príncipe ainda tem muito a nos ensinar. Quem sabe essa seja uma questão importante: sermos indulgentes com as pessoas grandes. É quase que inevitável não estarmos absortos nessa cultura do ter, quantificar, ganhar… E se é isso mesmo, se estamos focando nossa energia aos números, talvez possamos pegar mais leve. Mais leve conosco e com os outros.


Nos permitir dedicar um tempo para ouvir o som da voz de nossos amigos, descobrir quais seus brinquedos preferidos e se gostam de borboletas. Olhar para nossa cidade e ver quais são as flores que aparecem nas janelas, quais pássaros estão nos telhados e o que realmente faz uma pessoa ser grandiosa.


"Mas nós, nós que compreendemos a vida, nós não ligamos aos números! Gostaria de ter começado esta história à moda dos contos de fada. Teria gostado de dizer: Era uma vez um pequeno príncipe que habitava um planeta pouco maior que ele, e que tinha necessidade de um amigo... Para aqueles que compreendem a vida, isto pareceria sem dúvida muito mais verdadeiro."


Parece clara a diferença entre pessoas grandes e pessoas grandiosas. Se você quer saber qual é o segredo para conseguir encarar a vida desta forma, o Pequeno Príncipe deixou a fórmula:


"Eis o meu segredo: Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos. Os homens esqueceram essa verdade, mas tu não deves esquecer."
Já sabemos do que gostam as pessoas grandes. Mas e as grandiosas, do que gostam?
PS 1- Se queres iniciar a conversa com um amigo sem perguntar sobre os seus números, a Jout Jout te dá dicas: https://www.youtube.com/watch?v=1BxAxSc9TFA
PS 2- Se gostas de indicadores, mas quer saber a história por trás deles, confere o app da InforPeople: http://inforpeople.org/





Daiana Rauber

sexta-feira, 16 de março de 2012

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Plantamos flores apenas para enfeitar jardins

Ainda somos capazes de distinguir a arte? As obras tão antigas, sequer foram descascadas.Tanto se noticiou, tanto se comprou.Vendemos o que já foi sem fazer de novo. Não exploramos, pouco interpretamos. Investigamos sua originalidade, seu pedigree. E quem se preocupou com o significado? Descartamos sem sequer questionar os parâmetros.

Que doença  maldida, contraída por todos os nascidos num continente civilizado.No qual os números, uma criação - lembrando para quem já considera natural - perderam seu posto de  facilitar os descobrimentos. para que, após o golpe, meticuloso e paulatino, atribuíssem valor ao que não surpreende mais.

Cada combinação de palavras escritas, riscadas, substituídas, para que cada parte encaixasse num deleite de  profundidade camuflada... Bem, ninguém mais tenta desvendar. É segundo plano, o que importa mesmo é sua mixagem.

Não há expressão, pois os olhos não vêem o que há além da forma de um desenho surreal. Não é tecnologia de entretenimento, porque venderam que é ruim saber que não se sabe. Na verdade não venderam isso, venderam à escravos a crença de liberdade. Mas oprimem, canalizam e condicionam. Uns poucos, revolucionam incentivando a iniciativa, orientando e ouvindo a fala. Outros pouquíssimos, aceitam a novidade radical, os que não tem medo de jogar sua pré-definida mediocridade. 

Decidimos nos curar, e vamos nos matando de soberba. Não temos certeza de nossas fórmulas, mas vendemos a certeza de que os sintomas - de um mal que nem imaginamos procurar a causa-  serão escondidos por nossas reações adversas. E enfim, como um milagre, nossa mente apática não apresentará tristezas, nem revoltas!