Ainda somos capazes de distinguir a arte? As obras tão antigas, sequer foram descascadas.Tanto se noticiou, tanto se comprou.Vendemos o que já foi sem fazer de novo. Não exploramos, pouco interpretamos. Investigamos sua originalidade, seu pedigree. E quem se preocupou com o significado? Descartamos sem sequer questionar os parâmetros.
Que doença maldida, contraída por todos os nascidos num continente civilizado.No qual os números, uma criação - lembrando para quem já considera natural - perderam seu posto de facilitar os descobrimentos. para que, após o golpe, meticuloso e paulatino, atribuíssem valor ao que não surpreende mais.
Cada combinação de palavras escritas, riscadas, substituídas, para que cada parte encaixasse num deleite de profundidade camuflada... Bem, ninguém mais tenta desvendar. É segundo plano, o que importa mesmo é sua mixagem.
Não há expressão, pois os olhos não vêem o que há além da forma de um desenho surreal. Não é tecnologia de entretenimento, porque venderam que é ruim saber que não se sabe. Na verdade não venderam isso, venderam à escravos a crença de liberdade. Mas oprimem, canalizam e condicionam. Uns poucos, revolucionam incentivando a iniciativa, orientando e ouvindo a fala. Outros pouquíssimos, aceitam a novidade radical, os que não tem medo de jogar sua pré-definida mediocridade.
Decidimos nos curar, e vamos nos matando de soberba. Não temos certeza de nossas fórmulas, mas vendemos a certeza de que os sintomas - de um mal que nem imaginamos procurar a causa- serão escondidos por nossas reações adversas. E enfim, como um milagre, nossa mente apática não apresentará tristezas, nem revoltas!